quarta-feira, 13 de junho de 2012

Parto cesárea agendado - opinião

O Pedro veio ao mundo com data e hora marcada.

Nunca tive grandes paixões em fazer parto normal, e quando engravidei, no começo fiquei em dúvida se faria normal ou cesárea. Muito pelos benefícios (inegáveis) do parto normal: recuperação, perda de peso mais rápida, ausência de procedimento cirúrgico, e tudo aquilo que todo mundo sabe - só nunca fui muito fã daquela teoria de que o bebê faz a passagem, que ele precisa disso para ser mais "completo" etc.. Mas de resto, acho que se a pessoa tiver condições, pode e deve fazer parto normal.

Mas condições, depois de passar por uma gestação, vai muito além do físico, da dilatação e da posição do bebê. A condição também é psicológica. A pessoa tem que querer, tem que lidar com (muita) ansiedade, com todos os desconfortos causados pelo final da gravidez e que não são poucos.

E foi justamente na condição psicológica que eu esbarrei, tropecei e parei.

No final da gravidez eu já estava odiando ficar grávida. Não conseguia trabalhar porque sempre que eu ia trabalhar de dia, quando chegava a noite tinha muita dor e junto com ela o medo de ter o neném prematuro. Achava praticamente todos os dias que eu estava perdendo água da bolsa em pequena quantidade ou tendo dores de treino. Coitado do marido.

 Me sentia mal de não ir trabalhar, de ficar em casa sem fazer nada. E também não tinha disposição pra fazer muita coisa. Fiquei lenta, gorda grávida, sem roupas que servissem, com pernas inchadas, um show de horror, como diria uma amiga minha!

Na consulta que fiz com 35 semanas, fiz a pergunta que não queria calar.
- E o parto agendado?

Minha médica explicou que ela faria sem nenhum problema, desde que o bebê estivesse bem e eu estivesse com no mínimo 38 semanas.

Voltamos pra casa pesando os prós e contras de agendar o parto (apesar de já estar praticamente decidida que não esperaria até a hora que o Pedro resolvesse nascer) e então, no nosso caso, de acordo com o que a gente acredita e pensa, decidimos agendar o parto!

Já que era pra agendar, agendamos para uma sexta feira, para recebermos as visitas no final de semana na maternidade mesmo. Dia 18/05 as 11:00, foi o horário escolhido!

E só para constar, o Pedro nasceu lindo, as 11:34 do dia 18.05.12 com 3,595kg e 53cm.
Depois fiquei pensando o tamanho que ele iria nascer se eu esperasse ate as 40 semanas! rs

E esse assunto ainda rende mais dois posts.
O do dia do nascimento, e o anterior a ele.

2 comentários:

  1. Vítima da Cesariana Agendada

    Se pudesse, aconselharia todas as mulheres a optar pelo parto normal, ou pelo menos a passar pelo trabalho de parto antes de uma eventual cesárea.
    Sou uma vítima da cesárea agendada, aquela sem trabalho de parto e sem a menor consideração para com o bebê. Hoje, com 20 anos e depois de alguma leitura em artigos científicos a respeito, concluo que teria sido mais benéfico, e até mais ético, se minha mãe tivesse me abortado.
    Nasci antes do tempo, com 38 semanas, por conveniência de um médico insensível e pelo medo que minha mãe sentia da dor. Um paradoxo, pois ela relata que a dor do pós-operatório que sentiu, após a cesariana, foi muito mais cruel que a dor que sentiu em seu primeiro parto, que foi normal.
    Além de ter nascido com icterícia (o menor dos problemas) e dificuldades respiratórias, tive problemas de aprendizado no colégio e, principalmente, de socialização. Fui uma criança incompreendida, já que meus próprios pais me condenavam duramente por minhas limitações, e sofri de grave depressão, da qual só consegui me libertar há alguns meses com auxílio de acupuntura.
    “Então o homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas (…) a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas.

    Ela nunca foi capaz de voar.” (A lição da borboleta, autor desconhecido)

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  2. Eu não vejo problema no parto agendado desde que a gestação tenha no mínimo 38 semanas, que é o que os médicos chamam de gestação à termo, considerada aquela com o bebê prontinho pra encarar a vida fora da barriga. Minha filha nasceu de cesária (pois ela estava sentada, então eu não tive a opção do normal) e o parto foi agendado para 38 semanas e meia. Ela tem quase cinco anos, é linda, super inteligente, carismática, sociável, carinhosa, conversa com todo mundo, canta, dança e é um sucesso na escola e em todos os lugares onde vai. Acima de tudo, é muito amada e isso faz toda a diferença em sua auto-estima e desenvolvimento. Estou grávida novamente, tenho passado muito mal e por isso estou pensando em agendar o parto, justamente para não esperar por 40 semanas ou mais. Tenho fé em Deus que vai dar tudo certo!

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